sábado, 29 de junho de 2013

Gândavos - Contadores de Histórias


O segundo projeto que gostaria de apresentar, fechando as publicações juninas aqui no Blog, é o projeto Gândavos – Contadores de Histórias
Através de uma entrevista que fiz com Carlos A. Lopes, idealizador e coordenador da empreitada, espero fornecer uma visão geral do projeto e, o que é melhor: despertar o interesse e a vontade de participar.



Saudações letripulistas e vamos à entrevista:




Carlos A. Lopes e seus dois primeiros 'filhos': Gandavos - Os Contadores de Histórias e Gandavos - Contando Outras Histórias. Foto de acervo privado, aqui usada com permissão.




P - Converso aqui com Carlos A. Lopes, organizador do Blog Gandavos - Contadores de Histórias, um projeto que chamou minha atenção pela proposta de incentivo à leitura e à escrita, bem como pelo efeito de contribuir para registrar a memória popular de vários cantos do país. Diga lá, amigo Carlos, como surgiu o Gândavos? 
RGândavos é um passado resgatado no presente, noutro formato. Cresci numa cidadezinha, na região Moxotó de Pernambuco. Lá não existia banca de revistas, bibliotecas, ou sequer sinal de televisão e de entretenimento, só havia mesmo os bailes no clube e o cinema do meu pai, do qual, com apenas doze anos de idade, eu já era projecionista. Foi nesse ambiente simplório que um grupo de jovens criou um grupo de teatro, cujo objetivo era adquirir cultura e oferecer diversão para aquela gente que só sabia do mundo através das ondas de rádio. A origem do Grupo Teatral Os Gândavos se deu no final de 1974, a partir de uma apresentação de uma peça extraída de um cordel. O nome do Grupo foi descoberto meramente por acaso. Em uma das suas viagens psicodélicas pelas páginas do “pai dos burros”, dicionário cujas letras eram minúsculas, fez com que um dos membros do grupo lesse gândavos em vez de gandavos.  Prevaleceu a palavra gândavos, por sua eufonia em relação ao hino, que se cantava antes do início das apresentações. Passados os arroubos da juventude, resgatamos atualmente o mesmo nome para um ambiente de rede mundial, não só para agrupar velhos amigos, mas também para compor um rol agradável com as pessoas de outras regiões que gostam de nostalgia e de contar novas histórias.

P - Quem faz parte?
RFazem parte do Blog Gândavos, autores das mais diversas regiões do país e também alguns que residem fora do Brasil. A ideia era essa mesma, misturar culturas e formar um grupo que interagisse sem necessariamente se conhecer fisicamente e evidentemente agregar também aqueles que já se conhecem. E para formar esse grupo careceu de apostar num trabalho lento e progressivo.  O Blog tem como foco os contos, no entanto publico crônicas e até poesias, não tenho preconceito com gêneros. O começo não foi fácil, eu fazia de tudo para encontrar gente de talento e que pudesse contribuir na segunda etapa do Projeto – as publicações. Nessa primeira fase, temos muitas histórias, afinal foi muito estranho para alguns autores encontrar em suas caixas de mensagens apelos por liberação de textos, vindas de um nordestino de pouca prática na escrita. Fui salvo até pela avó do escritor Gilberto Dantas, que por ser nordestina, o autor se sensibilizou e até hoje está conosco. Enfim, depois de umas tantas adesões o trabalho foi merecedor de outro tratamento e ganhou respeito em nível nacional. Hoje quando convido alguém para participar, muitas vezes escuto: ¨Rapaz, como você conseguiu tanta gente de talento no seu Blog?¨  A resposta é sempre a mesma: ¨Respeito e confiança, só isso!¨  Enfim, fazem parte do Blog Gândavos hoje, autores famosos ou não, também pessoas iniciando na vida literária, com textos confessionais ou reminiscências próprias, bem comuns em início da carreira. Sempre digo que a melhor maneira de mostrar nossos trabalhos de início, é se agrupando com quem já tem uma bagagem literária avantajada. Uma coisa é certa, os autores com trabalhos já consagrados que fazem parte do Blog jamais demonstraram constrangimento em figurar junto aos iniciantes, o que é muito louvável da parte deles. Só tenho que agradecer a toda essa gente bonita e talentosa desse Brasil de meu Deus!

P - Esse projeto já gerou a impressão de dois livros e sei que um terceiro volume está a caminho. Conte um pouco dessa experiência de publicação independente. Como tem sido a recepção?
RAté sair do meu interior, Custódia, ouvia dizer que empurrar bêbados ladeira abaixo era a coisa mais fácil do mundo, é não! A coisa mais fácil do mundo é publicar livros, desde que o sujeito não fique correndo atrás de editora que os promova, ou de patrocinadores, basta se agrupar. Uso a seguinte premissa: Somos seres sociais! As ferramentas estão aí, basta usá-las. Dizem que a internet é perigosa, é nada! Os carros não foram feitos para matar, no entanto matam. Tudo na vida é uma questão de saber se posicionar.  Como disse antes, o trabalho do Blog é moldado dentro dos preceitos de respeito e confiança. Quando envio a seguinte mensagem aos autores: “Amigos, é chegada a hora de depositarem o dinheiro correspondente a suas opções de compra”, todos depositam o dinheiro rapidamente. Excelente nosso grupo! Nesse Projeto do terceiro livro tipo coletânea, que a amiga citou, está por acontecer, a procura foi maior que o espaço físico disponibilizado. Cinco autores que costumam publicar seis textos, gentilmente concordaram em reduzir suas publicações no próximo volume, para que autores iniciantes pudessem participar. Há muita compreensão nesse sentido. Temos bem definidos três tipos de autores participantes dos livros. Uma grande parte adquire poucos exemplares e distribui com familiares e amigos; outro grupo pede mais livros e revendem, são autores que geralmente já publicaram livros antes. Por último, temos um grupo que vende uma parte da sua opção de compra para cobrir as despesas e o restante distribui com amigos e familiares. E para alguém não dizer que estou a dizer asneira quando digo que publicar é fácil, lhes digo: Publicamos dois livros em poucos meses; evidente que a partir do quarto livro, vamos publicar espaçadamente e considerar outras possibilidades.

P - Dificuldades? Quais têm sido as maiores?
RDificuldade para mim, são aqueles obstáculos que não estão previstos num empreendimento. Para se publicar um livro há etapas a serem ultrapassadas, as quais não chamo propriamente de dificuldades, pois elas estão em qualquer lugar onde se publica livros. Porém, para não dar a entender que tudo é lindo e maravilhoso, citarei uma dificuldade que me tira o sono: o envio dos livros aos autores quando os recebo da editora. A única forma de enviar livro de forma compensatória financeiramente para os autores, são os chamados impressos, os quais são relegados às piores condições de entrega ao destinatário. Isso para não dizer que também tenho que afixar nos pacotes: “Os Correios estão autorizados a abrir esta embalagem”. Quanto maior o volume, maior é a demora, que se multiplica no serviço de entrega.

P - Pelo que entendi, o Gândavos é uma iniciativa que visa, sobretudo, a divulgação dos textos e autores, com o propósito não de vender livros, mas de fazer as histórias chegarem ao leitor. Como você vê a possibilidade de distribuição via E-Livro? Estaria disposto a ver também os volumes da Gândavos nesse formato à disposição do leitor?
R -  Quando resolvi sair do meu interior, minha mãe disse: ¨Meu filho, se você tem um emprego disponível aqui, porque ir para o Recife e ficar distante de nós?¨ Respondi: ¨Mamãe, gosto do novo, do moderno¨. Acrescentei: ¨Se quero encomendar uma roupa, tenho que escolher os botões que a venda de Seu Domingos dispõe, não os que queria utilizar no modelo¨. Enfim, gosto do novo e amo meu passado! Não vivo sem os dois! Respondendo objetivamente a sua pergunta: sou a favor de que num futuro próximo as nossas publicações possam ser vinculadas noutro formato, no caso o livro digital. Porém, entendo que neste momento o foco do Blog Gândavos é fazer o processo inverso: fazer publicações de livros físicos a partir de textos ora hospedados nas páginas virtuais em rede mundial.


Muito obrigada, Carlos A. Lopes, por seu tempo e disposição em responder estas perguntinhas.

Helena Frenzel.


Link: gandavos.blogspot.com


P.S.: não sou nem pretendo atuar como jornalista. O objetivo das 'entrevistas' foi conhecer (e dar a conhecer) melhor os respectivos projetos e contribuir na divulgação (Helena Frenzel).





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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Depoimentos








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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Textos 10


E além do mais...

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, do ano de 2012 (05 de junho), os Pequenos Escritores da Canastra fizeram trovas coletivas. Cada um deu uma ideia, um verso ou uma rima.



Terceiro ano

Sem as árvores e os rios,
o planeta perde a respiração...
E junto, a humanidade inteira,
futuro não vai ter não!




Quarto ano:

Se continuar como está,
A água valerá mais que ouro.
E quem preservar as nascentes,
possuirá grande tesouro!




Quinto ano:

Não vou comprar coisas,
que eu nunca vou usar.
Isso é sustentabilidade.
Menos lixo acumular!




Diante de tanta poluição, 
O planeta pede socorro.
Protejam as águas e florestas.
Senão em breve eu morro!





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*  *  * 

Com este post encerramos a exposição dos textos dos Pequenos Escritores da Canastra aqui no Blog. Teremos ainda na sexta um post com os depoimentos de alguns dos Pequenos sobre A Hora do Conto. Esperamos que esta iniciativa se torne cada vez mais conhecida e leve mais pessoas a inspirar a confiança e o valor das Letras nas crianças e jovens do Brasil. Maria Mineira tem muitas idéias e vontade de realizá-las. Uma delas é, a cada ano letivo, poder imprimir um livro (poucos exemplares sobretudo para manter na biblioteca da escola um registro) com os melhores textos dos alunos, a título de incentivo e também como reconhecimento do esforço dos pequenos nas pesquisas e na produção textual. Se alguém tem idéias ou deseja ajudar este projeto de alguma forma, compartilhe este post ou entre em contato com Maria Mineira. Agradecemos o seu interesse e eventual contribuição.

Obrigada Maria, Pequenos Escritores e a todos os comentaristas e visitantes que aqui vieram e ajudaram, neste junho, a 'revolucionar' o nosso Blog.

Helena e Michele.








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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Textos 9

Ainda sobre o tema 'animais de estimação':




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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Textos 8

Temas: animais de estimação, lembranças e um pouco de imaginação.







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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Textos 7

Temas: aniversários e animais de estimação









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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Textos 6

Temas: animais de estimação, lendas, aniversários e histórias um tantinho inventadas.










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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Textos 5

Outros textos de variados temas: 'causos' estranhos, engraçados, de assombração e experiências com animais de estimação.






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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Textos 4

Mais textos sobre temas diversos. Note o 'bichinho' da ficção se revelando e não deixe de comentar.









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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Textos 3

Textos sobre temas diversos:







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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Textos 2


Aqui vão outros textos sobre o tema 'Terceira Idade':







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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Textos 1

Aqui vão alguns textos sobre o tema 'Terceira Idade':










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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pequenos Escritores da Canastra - Apresentação



Queridos Leitores,

Este mês teremos aqui um pouco sobre um pequeno grande trabalho. É o trabalho de Maria que se encantou por João e agora se esforça para passar adiante um pouco do que dele aprendeu: amar a terra e a vida, deles extrair contos e ensinar o valor do antigo às novas gerações. Essa Maria arretada vive em Minas, na Serra da Canastra, um lugar muito especial. Ela se define como “uma onça pensativa”. E eu diria que ela é uma onça sim, corajosa, que aposta no presente e nas futuras gerações. Com vocês, a louvável iniciativa Pequenos Escritores da Canastra.
Trata-se ainda de um projeto pequeno mas muito importante para o futuro do Brasil. Como eu já disse, é uma iniciativa que vem sendo tocada lá na Canastra, Serras de São Roque de Minas, terra boa dos Gerais e de João, autor do sertão lingüístico mais rico que já se ouviu falar. E é mantida por Maria Mineira, que adora o João Guimarães e nele encontrou inspiração para a vida, bem como aprendeu a valorizar a riqueza popular de sua região. O pseudônimo é apenas para preservar sua família, que não gosta de exposição. Passemos então aos efeitos de seu trabalho, o que é mais importante mostrar.
Maria Mineira tem 47 anos, dois filhos adolescentes, ambos herdaram da mãe o gosto pelos livros e, no sangue, um bichinho contador de histórias, mas só em 2011 ela tomou coragem e começou a publicar alguns textos seus. Criou uma escrivaninha no site Recanto das Letras sem grandes expectativas, mas a recepção foi tão positiva que ela se sentiu motivada a escrever e publicar cada vez mais, também a pôr em prática o antigo sonho de lecionar, pois para isso havia voltado aos estudos. Maria Mineira não fala com facilidade de si mesma. “Sou uma pessoa tímida por natureza, sou sonhadora, bem humorada e amo os livros desde criança. Sou apaixonada por Guimarães Rosa.” — ela me contou.
Contou também que no início de 2012, quando conseguiu seu primeiro emprego na escola onde trabalha, ela não escolheu o local onde queria trabalhar, estava no último ano de Letras e Literatura e qualquer coisa estaria bom para começar, desde que fosse numa escola. Por coincidência, lá estavam precisando de bibliotecária e professora para ‘A Hora do Conto’. Ela ficou encantada, pois era exatamente o que sempre quis fazer. As aulas de conto até então não tinham o formato atual, a duração era de apenas 30 minutos. Maria falou de seu projeto para a diretora da escola e esta lhe disse que estava querendo algo novo, algo que motivasse mais os alunos a ler e escrever. Maria solicitou que aumentasse o tempo das aulas de 30 para 50 minutos, a diretora atendeu prontamente e deu a ela carta branca para trabalhar.
Maria mudou então o formato da aula. “Ponho um tema em debate com cada turma do fundamental 1 e cada semana discutimos um assunto.” — ela conta — “Assombração, animal de estimação, um aniversário, um medo, uma alegria, uma saudade, o tema da terceira idade rendeu textos incríveis! A turma do quinto ano, que saiu do fundamental 1, ficou triste por sair do projeto. Eu não queria deixá-los, mas não havia tempo na grade para encaixar aula de conto no fundamental 2, aí pedi à diretora que deixasse que eles viessem à tarde, eu arrumei uma horinha para eles. O mais incrível é que está vindo quase todo mundo, mesmo não sendo obrigado. Faço esse trabalho por minha própria conta. É que dá uma pena abandonar essa turma depois do trabalho que deu pra botar pra escrever, e eu nem sinto o tempo passar. Eu uso um truque para que a aula fique mais animada: se todos trazem os textos, eu conto histórias, e eles adoram causos antigos de assombração, como aqueles que minha avó contava. E incentivo também que eles procurem os avós e pesquisem causos antigos da nossa região. Pena que eu tenha pouco tempo e habilidade para digitar, meus alunos têm produzido muito. Vou corrigindo os errinhos mas nunca mudo as frases, não se pode mexer na essência das histórias que as crianças escrevem. Também dou aula para os pequeninos da educação infantil, conto historinhas para eles. Trabalho na escola o dia todo, eu amo o que faço. Além o serviço normal de bibliotecária, dou as aulas de conto à tarde. De manhã leciono Literatura para o ensino médio. Também conto histórias para esses alunos, eles pedem às vezes. Eu sonho com um projeto de incentivo à leitura levado a sério e sendo implantado além das Serras de São Roque de Minas, fiquei feliz com seu interesse em divulgar.
Maria trabalha na Cooperativa Educacional de São Roque e além do Recanto das Letras, algumas de suas histórias estão no Espaço do Produtor e no site Gândavos, outra louvável iniciativa sem fins lucrativos que visa resgatar histórias da cultura popular.
Ao falar-me de seu trabalho com os Pequenos Escritores da Canastra, Maria acabou omitindo muitos outros aspectos do seu trabalho. De outra fonte, eu soube que:
“Maria é antenada com o presente, passado e futuro e, a meu ver, faz essa ponte entre os três muito bem. O projeto ajuda a vivenciar o presente ajudando a criar bons hábitos alimentares através das apresentações do palhaço na Semana da Alimentação, por exemplo, trabalhando a linguagem oral através do reconto de clássicos 
infantis e tem olhos no futuro fazendo versos relacionados com temas atuais, como Sustentabilidade, e divulgando-os na Rádio local; Maria também participa da cooperativa de artesanato da Feira de Empreendedorismo da escola, trabalha a terceira idade, etc.”
Perguntei então a Maria porque não me havia contado toda a história, ao que ela respondeu: “Quanto a falar muito do meu trabalho na escola, fico com medo de acharem que quero aparecer às custas dos meus alunos. Fico sem saber o que fazer, pois aparecer não é o meu objetivo, você sabe.

Pois é, Maria, ‘aparecer’ também não é o nosso objetivo, e sim: MOSTRAR o que há de bom e merece ser conhecido nesse Brasilzão. Alegramo-nos em poder divulgar o seu pequeno grande projeto aqui em nosso blog. É uma honra! É de pequenino que se aprende a amar os livros, a valorizar as letras e a cultura regional. Esperamos que outras pessoas possam reconhecer o valor deste trabalho e que ele cresça e dê muito mais frutos, para Minas e para o Brasil.
Nossos convidados de honra do mês de junho, queridos leitores, são os PEQUENOS ESCRITORES DA CANASTRA. A cada semana teremos variados textos deles para que vocês confiram, comentem e, quem sabe, ajudem a incentivar.
Helena e Michele.


NOTA: esta postagem é o resumo de várias conversas que eu, Helena Frenzel, tive com Maria Mineira via email e facebook.


Quem desejar entrar em contato com Maria Mineira e saber mais detalhes sobre seu lindo trabalho, pode fazê-lo por aqui:


Veja também a matéria Cooperativa Educacional Mineira é exemplo para o Brasil e conheça Leandro, um dos Pequenos Escritores.






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