segunda-feira, 24 de setembro de 2012

1a. Chamada Oficial de Contos e Causos


Validade: de 24 a 30 de setembro de 2012.


Caro(a) Leitor(a),


Se você tem um conto ou um causo DE SUA AUTORIA e gostaria de vê-lo publicado neste site não perca tempo e envie-o para o e-mail:


informando no campo assunto: Nome do(a) autor(a) ou pseudônimo – Conto ou Causo.

A participação é gratuita e tanto a seleção quanto a publicacão dos trabalhos é livre de encargos. O Sem Vergonha de Contar é um site sem qualquer fim comercial. Nosso compromisso é com a Escrita e só.

O texto poderá estar diretamente no corpo do e-mail ou em um arquivo em anexo com as seguintes extensões (.doc, .docx, .txt .odt ou .rtf), como você achar melhor. O participante pode enviar mais de um texto, porém pedimos que envie tudo no mesmo e-mail ou arquivo para melhor controle e organização no processo seletivo.

A temática é livre e o conteúdo não deve ser ofensivo, discriminatório ou restrito a maiores de 16 anos.

Nos alegramos com textos inéditos já que queremos incentivar a produção literária, porém aceitamos textos que já tenham sido publicados de forma independente pelo(a) autor(a). E no caso de já ter sido publicado, favor informar local.

Inicialmente não há restrições quanto ao tamanho do texto, porém pedimos considerar que o leitor padrão da rede privilegia textos curtos - duas páginas de documento Word no máximo é a referencia mais comum.

Os três melhores textos (menos ou mais, a depender da quantidade de textos recebidos) serão selecionados e posteriormente publicados neste site.

Participar é muito simples, não é mesmo?! :-)

No mais, muito nos alegramos com sua participação.

Atenciosamente,

Helena Frenzel e Michele Calliari Marchese
As donas do Blog! :-)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Tendo um conto ou um causo, já é meio caminho andado!

Caro(a) Leitor(a),

Olá!

Eu e Michele CM, motivadas pelo gosto em comum por contos e causos, recentemente criamos este espaço, onde pretendemos seguir reunindo várias de nossas publicações — estórias da Campina da Cascavel e de Fufu LaLau, por exemplo, e outras séries.

Desejamos que este espaço cresça um pouco mais — mas só um pouquinho! — e se torne um ponto de encontro gostoso e informal para quem se interessa pelo gênero, e o que é melhor: pela arte de contar. Daí pensamos em dar oportunidade também a outros autores.

Assim sendo, se você tem um conto ou um causo que gostaria de ver também neste espaço, vá se preparando que em breve divulgaremos uma Chamada e os três melhores textos — ou mais, dependendo da quantidade de textos recebidos — serão publicados.

A participação é gratuita e o convite é aberto a todos. A temática é livre, porém pedimos não enviar textos com conteúdo discriminatório, pornográfico, ofensivo e demais coisas que o velho bom senso aconselha não publicar em ambiente aberto e sadio.

Se gostou da idéia e quiser nos enviar um texto, aguarde a publicação da Chamada Oficial no dia 24 de setembro (próxima segunda-feira, aqui e no Recanto das Letras) com instruções e regras para participar.

De já, eu e Michele nos alegramos muito com seu interesse e participação.

Atenciosamente,

Helena Frenzel


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Caso da Barriga


Por Helena Frenzel

Mulher barriguda a ninguém intriga, mas, da noite pro dia, crescer u'a barriga?!

E a filha de Tonha, assim, de repente, surgiu de barriga — surpreendente! Pelo tamanho da pança, com bem uns cinco contavam e, pelas contas da mãe, umzinho faltava: se dois é pouco e três é melhor, que dirão de quatro?! E de quatro ficou o povo, besta, ao saber: “Quatro marias, Seu Menino, quatro marias vão nascer!” E fizeram assim assim: “Ajude a filha de Tonha, doe aqui, doe acolá, pois a pobre não tem nada, nem marido para dar!“ “E quem foi o responsável por esta geração?” A varinha de condão à sombra de um jatobá, e a cópula, ao pé, debaixo da copa do pau, da árvore, digo. Menino, foi aquela comoção, bem típica da região. Só não creu nisso o Juvenal, filho de Zé do Coco, que estudara na capital e voltara pra terrinha cheio de vontade de ajudar o povo (a se instruir e melhorar). Qual o quê, ignorância é manta de cetim que o povo adora vestir. Quem entende logo isso, e deixa Fufu Lalau, taxado é, rapidinho, de egoísta, ‘traíra’ e tal. Sabendo bem das coisas, foi Juvenal ao grão: “Vou perguntar ao médico que cuida da região.” “Pois há quatro meses, grávida estava não”, disse o médico sem receio. Menino, veja o resultado do falado embaraço: além de perna curta, barriga inflada e cara de pau — aberração, que em Fufu Lalau há muito virou normal. “Devolva minha doação”, uns foram reclamar. Devolver, nada devolveram e quem deu não quis brigar. E a filha de Tonha, ainda foragida, nunca mais pôs a cara na rua, que dirá a barriga. Mudou-se pra bem longe, dizem, teve tudo o que queria: fez transplante de rosto, lipoaspirou a barriga. A conta da mentira: sete vezes sete, sem juros e em prestações, pagou com a cara mais limpa e as arrecadações. Mas como em Fufu Lalau o povo é muito bonzinho, mais dia menos dia e ninguém falou mais nisso. Mas o besta do Juvenal, que pra não perder a memória registrou tudo nos livros, ao fazer-me uma visita contou-me este ocorrido. Pois é, Juvenalzinho, como bem já haviam dito: pra extinguir a malandragem, só acabando com os bonzinhos.



Causo inspirado em contos do vigário da vida real, aqui contado com elementos de fantasia, portanto: irreal. Qualquer semelhança com nomes de pessoas ou lugares, pura coincidência.

Clique aqui para ouvir uma versão deste causo.







Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Favor informar o nome da autora. Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O Caso dos Buracos


Por Helena Frenzel
Aconteceu em Fufu Lalau, povoado apegado a Suvaco da Cobra, cidadezinha onde nasci. Foi que, numa certa época, de um dia pra outro, a falação no vilarejo era um ponto só: o mistério do buraco branco. Mió dizer os buraco, já que era mais de um só. Diz que todo mundo via: mulher, home, minino, véi. Se duvidar, inté cego. Os bicho, num se sabe, pois que num sabem falar os bichim. Pur mais que me isforçasse, eu era um dos poco que num cunsiguia ver. O caso dos buraco saiu inté no Fanático, programa de tv semanal — se pega cum a parabólica. Veio gente do mundo intero, e no meio deles muitos cientista, pra tentar disvendar o mistério dos ditos buraco. Tudo começou com Tonha de Zezinho. Eu sei disso porque tava lá passano féria e ela é minha tia. Um dia, ela acordou, deu de cara com o seu buraco no teto e se danou a dizer que tava veno maravilhas. Tudo branquin; dizia que via cidades, mundos e gente de cristal. “Quem tem olho vê!” — falava quano zombavo dela. De Tonha pra Zezinho, Zé do Corvo, Maria Juvenilso e todo o vilarejo cumeçar a ver, ói que foi tudo um piscar de ôio só. No outro dia o vilarejo intero diz-que via, cada um o seu próprio buraco, claro. Mas todos viam. Logo apareceram as profecia: “Eu disse, num disse? Final dos tempo!” Pânico geral. Quem vendeu, vendeu; quem comprou, comprou. Quem deu, deu e quem quis se confessar, se confessou. Era mais quem pidia perdão (me alembro que muita poca gente se importava em dar, só quirio receber). Nunca se viu tanta roupa suja, junta, sendo lavada em plena praça pública! Eu caçava meu buraco e chegava a me disesperar. “Ai, meu Deus, num vejo nada! Quer dizer qui num vô pro céu?” Me danava a rezar pensando nas peninhas da mia alma. E nesse meio-tempo, trabalhavo os cientista. Todo dia eu me angustiava: “Por que esse povo todo vê e eu não?” No Fanático, um cientista disse que pudia ser coisa da água do rio. Se fosse isso, agora tava tudo ixplicadinho: eu tinha tanto medo de pegá di novo barriga d’àgua ou candiru, que nem pensava em meter sequer a ponta do dedo no riozinho. Um outro cientista era d’ua outra opinião: os buraco branco vinho de uns buraco maior, chamado negro. Esses que quano perdiu os cabelo se danavo multiplicar. Mas essa hipótesis — eita nome difícil! — era difícil de provar, pur isso ficaru cum as água do rio mermo. Fuçaro, fuçaro e discubriru uma fábrica clandestina, um lugar onde preparavo essa coisa de droga pra vendê e jogavo os resto no rio. A tal da substância cumé mermo? alucinógena? quasi qui num sai, minino! era o que fazia a gente fufu-lalina vê os buraco. Uma vez isclaricido os mistério, foro tudo simbora de Fufu Lalau, que virou um ponto branco no tempo e no ispaço. Demoró um poco ainda pra gente de lá se isquicer dos confessado e a vida vortá pro normal. Mais cum poca eu vortei pro Suvaco e o no caso dos buraco — branco, negro ou cor-de-rosa — nunca mais ouvi falar.




Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Favor informar o nome da autora. Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 8 de setembro de 2012

O Causo dos Infartados - III


Por Michele Calliari Marchese
O Causo do Romeu
Sempre se fala de causo de cemitério e todas essas coisas relacionadas com os mortos. Acontece que ninguém dá muito crédito para essas histórias, mas elas são verídicas porque foram contadas para os filhos e aos filhos dos filhos.
Esses causos aconteceram um de cada vez em intervalos de alguns anos, e é por isso que não se deve ir ao cemitério sozinho de noite ou de dia, ou com a cabeça já cheia de medo e pensando bobagem quando se entra lá.
O terceiro causo aconteceu com o Romeu.
O Romeu era homem muito temente a Deus e deveras alto. Devia medir uns bons dois metros de altura e todo mundo enxergava ele, onde quer que fosse.
Já contava com 50 anos de idade e começou a ficar preocupado porque não tinha ainda terreno no cemitério para fazer a tumba da família. Falou com as autoridades competentes no assunto, e acabou comprando por um preço baratinho do coveiro um belíssimo pedaço de terra, na segunda esquina com a Cruz Mestra. Levou toda a família lá para ver o investimento.
Contratou um pedreiro para fazer o esquife da família e deixou claro o tamanho do féretro para que não houvesse problemas na hora de enterrá- lo, já que era alto.
Dali dois meses o serviço ficou pronto e o Romeu, antes de pagar o pedreiro, quis conferir se a coisa tinha ficado boa e comprida. Como ele morava no Peral, mesmo a cavalo demorava muito para chegar ao cemitério, e só valia a pena se tinha alguma coisa para fazer na cidade, pois teria que passar o dia lá e só voltar no dia seguinte para casa.
Como ele tinha um filho nascido três meses atrás para registrar no tabelião aproveitou a viagem e foi verificar se a cripta estava pronta.
 Chegando lá no cemitério, Romeu duvidou do tamanho e resolveu entrar para ver se cabia lá dentro, só que, por um acontecimento misterioso ele infartou fulminantemente dentro da sepultura.
Acontece que a viúva só foi dar pela falta do Romeu uma semana depois do ocorrido e chamou os vizinhos para que fossem à Campina procurar pelo marido. E disse que ele ia ao tabelião e depois ao cemitério, mas que fossem procurar também na casa da Dona Isabelita, já que ele tinha pendões para os rabos de saia alheios.
Os vizinhos não tiveram que procurar muito, pois foram por primeiro no cemitério e lá encontraram o dito cujo morto, duro e numa posição de joelhos dobrados e poupança para cima que seria difícil a remoção do corpo.
Demorou mais uns três dias até que a viúva chegou para resolver o impasse. Mandou que cortassem as calças do falecido para tirar o que tivesse nos bolsos e mandou fechar. Assim. Sem mais nem menos, sem velório, sem extrema unção, sem nem mesmo uma vela acesa.
O padre Dilso bem que tentou fazer uma oração, mas a viúva foi embora dali registrar o filho no tabelião e ninguém mais viu ela.
Quem chora no caixão do morto em dias de Finados é a Dona Isabelita.



Copyright 2012 (c) - Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O Causo dos Infartados - II


Por Michele Calliari Marchese
O Causo do Angelin

Sempre se fala de causo de cemitério e todas essas coisas relacionadas com os mortos. Acontece que ninguém dá muito crédito para essas histórias, mas elas são verídicas porque foram contadas para os filhos e aos filhos dos filhos.
Esses causos aconteceram um de cada vez em intervalos de alguns anos, e é por isso que não se deve ir ao cemitério sozinho de noite ou de dia, ou com a cabeça já cheia de medo e pensando bobagem quando se entra lá.
O segundo causo aconteceu com o Angelin.
O Angelin era jagunço do Paraná que vinha para a Campina visitar a segunda família. Vinha todo dia 15 de cada mês e ficava até o dia 30, quando então voltava para o Paraná com a primeira família. Nenhuma das famílias sabia da outra e achavam que os 15 dias passados fora de cada casa era por motivo de trabalho, como ele mesmo dizia. Nunca se soube do que vivia, mas relacionavam a chegada dele com alguma morte que acontecia na região.
Aconteceu num inverno, Angelin vinha de viagem para a Campina e estava usando uma daquelas capas pretas que cobrem as ancas do cavalo até quase o chão. É uma visão horrível de se ver, e vinha ele todo contente e faceiro com presentes para as crianças quando desabou uma tremenda tormenta. Ventava muito, ele teve que tirar o chapéu da cabeça para que não voasse longe e resolveu procurar um abrigo.
Como estava perto do cemitério, entrou. Não queria abandonar o cavalo e procurou uma árvore frondosa em que estariam protegidos. O Angelin não tinha medo das coisas do outro mundo e nem de ninguém e andava sempre com o facão nas costas e a garrucha na sela do cavalo, de modo que ficar no cemitério ou na prefeitura era a mesma coisa.
Num determinado momento o cavalo se assustou com alguma coisa e a ponta da capa do Angelin se prendeu entre um túmulo e sua tampa. Quando a chuva acalmou, Angelin resolveu partir e deu uma esporeada de leve no cavalo que logo iniciou sua marcha, mas alguma coisa segurava o Angelin que parou o cavalo imediatamente pois não conseguia se soltar.
Não olhou para trás em nenhum momento com medo das forças ocultas que o padre Dilso diz que tem no cemitério quando se entra lá sozinho de noite ou de dia. De tanto puxar a capa, foi ficando nervoso, cada vez mais agitado, exasperado com a situação, que pulou do cavalo de vereda e tentou travar uma luta corporal com o inexplicável, sem olhar para trás. Mas a ânsia foi tão grande, o coração martelando no peito, o desespero tão alucinante que Angelin quedou ali infartado. Foi fulminante.
No dia seguinte, a viúva da Campina, veio fazendo o caminho de volta, pois lá havia chegado o cavalo sem o dono, e o encontrou dentro do cemitério, debaixo de uma árvore, jazido ali mesmo do lado da sepultura de um polícia, o Angelin, todo enrolado na sua capa e morto.



Copyright 2012 (c) - Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O Causo dos Infartados - I


Por Michele Calliari Marchese
O Causo do Alcides
Sempre se fala de causo de cemitério e todas essas coisas relacionadas com os mortos. Acontece que ninguém dá muito crédito para essas histórias, mas elas são verídicas porque foram contadas para os filhos e aos filhos dos filhos.
Esses causos aconteceram um de cada vez em intervalos de alguns anos, e é por isso que não se deve ir ao cemitério sozinho de noite, ou com a cabeça já cheia de medo e pensando bobagem quando se entra lá.
O primeiro causo aconteceu com o Alcides.
O Alcides tinha saído de manhãzinha numa sexta-feira para ajudar o vizinho arar as terras para plantar milho e mandioca. Passaram o dia na lida e o vizinho convidou o Alcides para jantar por lá mesmo, antes de ele ir para casa. Ele aceitou e depois da janta foram para o porão jogar canastra e experimentar o vinho tinto que o vizinho tinha feito.
 Estavam lá, do lado dos mastel quando o Alcides se deu conta da hora e foi embora cambaleando.
Acontece que para chegar à casa do Alcides, é necessário passar pelo cemitério, e bem na hora que ele estava passando, caiu uma tormenta do cão. Não pôde fazer nada a não ser entrar no cemitério para se proteger da chuva. Andou no escuro até que encontrou uma tumba aberta no lado, e se enfiou lá dentro.
Alcides dormiu.
Na manhã seguinte – sábado de finados – as beatas do apostolado da Campina, resolveram ir mais cedo ao cemitério para acender as velas da Cruz Mestra e esperar o padre. Enquanto acendiam as velas elas começaram a rezar a ladainha de Nossa Senhora. E estavam muito compenetradas no serviço.
Alcides - que estava dentro da tumba que era próxima à Cruz Mestra - acordou com o zumzumzum da reza e do risc-risc dos fósforos. Viu que era de manhã e que tinha parado de chover. Saiu do túmulo com os pés por primeiro e foi se arrastando para fora. Quando estava quase todo o corpo para o lado de fora, as beatas o viram e acharam que se tratava de algum morto porque então começaram a gritar e a ter ânsias de desmaio.
Elas saíram correndo muito rápido com as saias enroscando nos calcanhares, perderam os tamancos de tão desesperadas que estavam, e quando Alcides gritou pela terceira vez “espera”, a Dona Elsa teve um infarto fulminante.
O padre Dilso que estava vindo, encontrou com as beatas vivas no caminho, imediatamente mandou chamar o barbeiro para carregar a morta (ninguém ainda sabia da Dona Lucia) e o delegado para prender o Alcides.
E no sermão daquele dia, o padre disse mais uma vez que não é para ninguém ir sozinho no cemitério, porque se não morria, podia matar alguém.


Copyright 2012 (c) - Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.